Por Rede Notícias
Acusado de “perseguir” o União Brasil no governo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, rebateu críticas e ironizou a relação de caciques da sigla com o empresário Marcos Moura, o “Rei do Lixo”, principal alvo da Operação Overclean.
Em entrevista a uma rádio da Bahia, Rui negou que faça qualquer tipo de perseguição contra integrantes da legenda, que é chefiada por um dos maiores adversários políticos do ministro na Bahia: o ex-prefeito ACM Neto.
Em entrevista à rádio “Bom dia Feira” na manhã da quarta-feira (16/4), o chefe da Casa Civil de Lula disse que não trabalha na polícia e nem no Ministério Público para investigar e fiscalizar seus rivais.
“É descabido isso porque o que está acontecendo é que essa operação, a Overclean, envolve o ex-prefeito de Salvador (ACM Neto) e o atual prefeito de Salvador (Bruno Reis). A imprensa tem divulgado matérias vastas sobre isso, envolvendo o Rei do Lixo e contratos bilionários. O Rei do Lixo está indo negociar a Secretaria de Educação em Minas Gerais, em Belo Horizonte, dizendo que, se não for atendido, vai ligar para o ex-prefeito de Salvador para reclamar”, disse o ministro.
“O que eu tenho a ver com isso? Não tenho nada a ver com isso! Não tenho absolutamente nada a ver com isso. Fui eu que mandei o Rei negociar a secretaria? Fui eu que assinei o contrato bilionário com o Rei do Lixo? Aliás, Salvador tem uma das maiores taxas de lixo do Brasil (…) Quem pariu Mateus que balance”, completou Rui Costa.
A Overclean investiga um esquema bilionário de fraudes em licitações, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, com ramificações em diversos estados. O esquema seria liderado por Marcos Moura, que é filiado ao União Brasil.