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São Gabriel

Nego Marceneiro, um sábio do povo que deixou saudade

Tem gente que mesmo depois de partir continua viva na memória do povo. É o caso de Napoleão Martins de Andrade, o nosso querido Nego Marceneiro.
Fonte: Prof. Antônio Regie Evaristo de Figueiredo      19/07/2025

Por Antônio Régie Figueiredo

Tem gente que mesmo depois de partir continua viva na memória do povo. É o caso de Napoleão Martins de Andrade, o nosso querido Nego Marceneiro. Ele nasceu em 1928, no povoado de Aleixo, em Ibipeba, mas foi em São Gabriel que deixou sua marca, especialmente no bairro Gabrielzinho, onde morou por muitos anos.

Nego aprendeu com o pai a trabalhar como marceneiro, carpinteiro e funileiro. Mesmo sem ter muito estudo, era muito inteligente e sabia conversar como poucos. Casou-se com Ildenice Martins e construiu sua vida com muito trabalho, humor e sabedoria. Era daquelas pessoas que tinham sempre uma boa piada, um ditado criativo, uma frase marcante. Um verdadeiro filósofo da vida, desses que a gente encontra nas calçadas, nos bancos das praças, nos encontros de vizinhos.

Ele foi muito mais do que um homem engraçado. Era respeitado pelo seu jeito de enxergar a vida, pelo coração generoso e pelo bom humor que espalhava onde passava. Sua morte, no dia 3 de dezembro de 2024, entristeceu toda a cidade. Mas a verdade é que Nego Marceneiro nunca vai ser esquecido. Ele virou parte da nossa cultura, da nossa história, da nossa memória afetiva.

São pessoas como ele que mostram que sabedoria não está só nos livros, mas também na experiência, na vivência e no jeito simples de ensinar e encantar. Nego Marceneiro foi, sem dúvida, um tesouro do nosso povo. E vai continuar vivo em cada sorriso que ele arrancou e em cada lembrança que deixou.

Antônio Régie Figueiredo: Prof. Língua Portuguesa, Escritor e Pesquisador de Culturas Populares

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