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Região de Irecê: Fotógrafo Lenec Mota leva “A Saga do Vaqueiro” ao Museu de Arte Moderna da Bahia

A mostra integra a coletiva “Quem Viaja Arrisca”, promovida pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb).
Fonte: Figueiredo Júnior (@poetajaponegro)      19/08/2025

Por Figueiredo Júnior

O fotógrafo, produtor cultural e audiovisual Lenec Mota da Silva inaugura mais um capítulo da sua trajetória artística com a exposição “A Saga do Vaqueiro”, agora em cartaz no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), em Salvador. A mostra integra a coletiva “Quem Viaja Arrisca”, promovida pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), reunindo artistas de diferentes territórios culturais e linguagens que vêm se destacando nos Salões de Artes Visuais da Bahia (2024).

Lenec Mota é reconhecido por seu trabalho como diretor de fotografia, operador de câmera e documentarista, com passagens por produções para rádio, TV e cinema independente. Sua lente já percorreu desde festas populares no interior da Bahia até expedições internacionais, como a Expedição Patagônia: Bolívia e a Expedição Nepal, onde registrou tradições, cotidiano e memória de comunidades locais.

Na fotografia, consolidou-se com a série “A Saga do Vaqueiro”, um conjunto de imagens que retrata o vaqueiro nordestino como símbolo de resistência, memória e adaptabilidade do sertanejo diante das adversidades. O trabalho foi premiado pela Funceb nos Salões de Artes Visuais da Bahia, reconhecimento que reafirmou sua relevância artística e cultural. Desde então, a série percorreu diferentes espaços, passando por Irecê — durante a Feira Regional de Negócios (FERNACC/BA) e a Feira Sertão Criativo (2022) — e por João Pessoa, na Estação Ciência (2025).

Agora, ao integrar a programação do MAM-BA, o projeto ganha novo alcance. Para Lenec, registrar a tradicional pega do novilho vai além da estética:

“É um ato de documentação e resistência cultural, garantindo que a memória do vaqueiro e sua importância identitária sigam vivas para as próximas gerações”, afirma.

Além do foco no vaqueiro, o projeto expande sua abordagem para destacar também as expressões culturais afro-brasileiras do sertão, como tradições orais, festas populares e modos de vida das comunidades interioranas. Essa perspectiva busca dar visibilidade às heranças africanas preservadas no Nordeste, fortalecendo a identidade cultural e revelando aspectos muitas vezes invisibilizados pela mídia e pela história oficial.

A utilização da fotografia em preto e branco reforça a dramaticidade e a textura das imagens, aproximando o espectador da experiência do sertão e da força simbólica da tradição vaqueira. O conjunto de imagens e o documentário em produção contribuem para um acervo de memória visual, que valoriza e imortaliza práticas culturais fundamentais para a formação identitária brasileira.

 Mais informações e registros visuais estão disponíveis nas páginas e reportagens:

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