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Circuito do diamante

Série “Anfitriãs” reforça a herança cultural e identitária da Chapada Diamantina

Lançamento da websérie “Anfitriãs”, uma produção audiovisual que mergulha na riqueza cultural da Chapada Diamantina, com estreia em 25 de outubro. A série acompanha o encontro entre jovens artistas e mestras guardiãs das tradições locais em sete episódios gravados nas cidades de Andaraí, Mucugê, Iraquara, Lençóis, Boninal, Palmeiras e Seabra.
Fonte: Assessoria      13/10/2025

Por Rede Notícias

Série composta por sete episódios mostra o encontro entre guardiãs do saber comunitário de sete cidades da Chapada com jovens artistas e pesquisadoras do território. O lançamento acontecerá no dia 25 de outubro, em Seabra.

A websérie “Anfitriãs”, com lançamento previsto para o próximo dia 25, é um registro cultural da Chapada Diamantina e suas manifestações tradicionais. A série mostra o encontro revelador entre jovens artistas e mestras guardiãs da memória cultural, tecendo um diálogo intergeracional que busca conectar essa força ancestral às novas formas de expressão artística que nascem na região.

A narrativa acompanha a conexão entre as manifestações culturais populares, por meio das anciãs, e as artistas que visitaram as suas casas, associações, terreiros e espaços culturais para vivenciá-las numa intensa partilha de conhecimentos das tradições dessas comunidades. As mestras - guardiãs de práticas que resistem ao tempo - oferecem suas histórias, cantos, gestos, rezos, memórias e culinária, revelando como a cultura popular é uma pedagogia viva capaz não apenas de manter, mas de formar identidades e transformar territórios.   

Dessa forma, a série convida a um mergulho na pulsante riqueza cultural do circuito do diamante por meio de sete vídeos-ensaios que revelam a força viva ancestral de quem ancora o conhecimento tradicional nas cidades de Andaraí, Mucugê, Iraquara, Lençóis, Boninal, Palmeiras e Seabra. 

A diretora Ludimila Agostinho reforça, na produção, a perspectiva de continuidade dos conhecimentos por meio da valorização da cultura e do saber empírico que, entre outras importâncias, vêm preservando a vida e a identidade do território. De acordo com Ludimila, esses saberes e fazeres estão banalizados.

“Esse é o momento da gente olhar para cada um desses saberes e fazeres como grandes espetáculos.” Na visão da diretora, a Chapada Diamantina não pode ficar à mercê do olhar de fora, marcado por estereótipos. “É isso que pode acontecer se deixarmos nossa identidade morrer com esses saberes. Se a gente não contar a nossa história, sempre vai ter alguém que conte, distorcendo nossas matrizes culturais, o que é muito sério porque além da identidade fragmentada, podemos perder nosso senso de pertencimento, de comunidade”, ressaltou.

Cada episódio é um encontro em que o saber tradicional é acolhido, escutado e reimaginado em novas expressões artísticas. Dessa partilha, nascem manifestações criativas do teatro, da dança, do circo, da música e das artes visuais. Mais do que um registro, “Anfitriãs” é um espaço de observação e reconhecimento que floresce em experiências artísticas plenas de sentido por corpos tocados pela beleza de suas próprias raízes.

A Chapada é um território de grandes proporções territoriais e seu traço identitário carrega as populações rurais, tradicionais, quilombolas, de fecho e fundo de pasto, indígenas, todas guardando tradições e conhecimentos profundos responsáveis pela preservação da memória e da cultura. O encontro do antigo com o novo vem mostrar que a preservação passa pelo conhecimento profundo de si. E isso, para a Chapada Diamantina, vai além da esfera pessoal, faz sentido também enquanto comunidade e território.

Uma das artistas que conduzem episódios na série, Ninha Almeida é artista circense e atriz premiada no 28º Prêmio Braskem de Teatro, e afirma que a proposta da série se entrelaçou com seus anseios profissionais. “Como artista, já trago essas impressões no meu trabalho: a valorização das tradições e dos saberes ancestrais. Foi maravilhoso ter a oportunidade de estar frente a frente com uma mestra. Para mim, que já tenho dois espetáculos de circo e teatro solo sobre as tradições da Chapada Diamantina, é honrar as rezas, as benzedeiras, o conhecimento das parteiras, a sapiência das doceiras e de todas as pessoas que tiveram um quintal para suas vivências”, completou.

As reflexões propostas pela série contribuem para reintegrar esses saberes ao presente sem perder a sua essência. Com experiências autênticas, tanto para as artistas quanto para as comunidades, “Anfitriãs” é uma celebração da memória viva e da construção coletiva. 

Estreia 

A estreia oficial do projeto, que foi contemplado nos editais da Paulo Gustavo Bahia com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura, acontece em 25 de outubro, na cidade de Seabra. Antes, haverá sessões de apresentação dos episódios como pré-estreia em escolas públicas de cada município, aproximando os estudantes das mestras locais e alimentando o sentimento de pertencimento e orgulho das suas localidades. Em seguida, “Anfitriãs” será disponibilizado ao público por meio de serviços de streaming no link www.youtube.com/@AnfitriãsdaChapada .

Chapada Diamantina

Para o território da Chapada Diamantina, o encontro entre o antigo e o novo nunca fez tanto sentido. Preservar identidade e memória é manter viva a narrativa que conecta gerações, fortalece laços comunitários e garante que práticas ancestrais continuem a inspirar novos modos de ver o mundo. “Anfitriãs” celebra essa herança, mostrando como cultura e memória são alicerces para a formação de indivíduos e territórios resilientes.

Serviço:

Estreia oficial: 25 de outubro em Seabra

Pré-estreias:

Boninal -17/10

Lençóis -20/10 

Palmeiras -21/10

Andarai -22/10

Mucugê -23/10

Iraquara - 24/10 

⁠Seabra - 24/10  

Informações e detalhes: @webserieanfitrias

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