Por Rede Notícias

São Gabriel, na Bahia, vai receber um grande investimento da Voltalia Energia do Brasil. A empresa vai investir R$ 1,5 bilhão para construir centrais eólicas que vão gerar energia elétrica. Serão instaladas cerca de 200 torres de energia, com capacidade de produzir 306 Megawatts (MW) por ano.

As comunidades de Besouro, Gameleira, Esconde, Nova Esplanada, Caroazal e Lagoinha serão diretamente beneficiadas com mais trabalho e renda.

O atual prefeito de São Gabriel, Mateus Machado (PT), será um dos responsáveis por acompanhar de perto a construção das centrais eólicas, que devem ser iniciadas em 2026. Porém, toda a parte burocrática e os documentos necessários foram organizados na gestão do ex-prefeito Hipólito Rodrigues.

Apesar dos benefícios econômicos, o projeto levanta preocupações com o meio ambiente. A construção das torres pode causar desmatamento, afetar a fauna e a flora local. 

Especialistas alertam para o risco de afastamento de animais silvestres e mudanças no ecossistema da região. A poeira, o barulho das máquinas e as enormes torres podem incomodar quem vive perto das obras.

Também há preocupação com a falta de diálogo com as comunidades locais. Caso a empresa não ouça a população e não seja transparente em relação ao projeto, podem surgir conflitos e insatisfações — a exemplo dos conflitos, até então pacíficos, na cidade-irmã Uibaí, onde movimentos sociais protestam contra a empresa norueguesa Statkraft.

O grande desafio agora é encontrar um equilíbrio entre o progresso e a preservação ambiental. A Voltalia precisa tomar cuidados para proteger o meio ambiente e investir em melhorias para as comunidades afetadas.

Capacitar moradores para trabalhar no projeto, melhorar a infraestrutura local e ouvir as necessidades da população são passos importantes para que o desenvolvimento traga benefícios sem destruir o meio ambiente.

Esse investimento bilionário pode colocar São Gabriel como referência em energia limpa, mas só será positivo se for feito de forma responsável. A maneira como a prefeitura, a empresa e a população irão lidar com esse projeto será decisiva para o futuro da cidade.